Episódio 12


Le Sick Dream...

12 - Entre o Travesseiro e a Consciência


E ela deitou-se e escreveu: " Estas manhãs não tenho á cama, pois me porto fora dos aposentos aonde costumava tanto me agradar. O agrado que incomoda, o incomodo que assola, a perca rota dos delírios Insanos que ouvia dos Plebeus. Ao quanto podem eles gritarem sem Som algum, e todos seus rostos serem sinfonia, delicioso sofrimento que me regozijam sem tal, meu reinado seria pó ao vento, seria pedra inculta, da qual serve mais quando ensina, do que quando esteticiza o ambiente "

O Palhaço se chamava Jeffrey, mas ninguém se preocupava com seu nome, afinal, ser Palhaço chama mais atenção que o próprio nome.
E ria, pois sua tarefa na estrada era cumprida, e seu Pandemonium uma garantia de sua verdadeira multiplicidade: Um idiota guiando outros. E todos, eram ele. Pois essa era sua peculiaridade, era muitos, e era um! E ninguém que observava, compreendia.

Os Dados eram registrados, o Login requisitado, os Logs de informação guardados pelo grande Olho, eram interessantes, mas o andróide não reconhecia a validade das possibilidades. Ele era um hacker, e agia permitindo que conhececem os dados que ele disponibilizava.
E o fazia, liberando suas proxys, suas dns's, seus canais. E isso rendia-lhe pulsos elétricos interessantes e estimulantes.
Abria seus arquivos, e quem os via, eram apenas os que não deveriam.
E nas sombras, permitia aos observadores, exercerem sua falta de conduta, e apitava-se sons de seu vocaloid, procurando se expressar de alguma maneira.
E a maquina continuava máquina, e então enferrujou. Parou, qualquer coisa acabava com sua fantasia, apesar de persistente, era dependente.

Parecia mais uma estátua do que um ser, e isso, o enfaixado reconheceu! ...
Olhava com atenção os intentos de Cy.Bit, apesar de não compreender o sistema, ao menos reconhecia as suas essências.
Acabara tendo visto tantos e tantos, que agora observara ao seu redor, os Deuses do Local.

Valerie, servil e gentil, estava ocupada, verificando a bainha da saia de Isabelle, e sua calcinha era rosa. Ao que a Princesa notou e lhe disse: "Qual doce é este que queres em minha boca, que tem cor rosada?"
- Milady, é um de maciez de leveza, como é a mão de ferro de vossa Realeza.
Mas isso não agradava, e Isabelle desviou o olhar. A Empregada retirara sua calcinha e usava como pano de limpeza, esfregando nos móveis espaços que haviam em torno da princesa, naquele local desabrigado de tudo, porém com Móveis.

"É bom ver meu Céu, ser Céu e meu teto, ser teto. O teto do céu é o céu do teto. As crianças colam estrelas reluzentes, mas até essas são escravas de falsos Sóis."

É salutar a lembrança do Sonho Doentio, parecia uma memória longígua, já havia acabado a história neste ponto, ninguém mais estava interessado em construir a Utopia da Princesa, e ela, nem aí, maravilhosa, gostosa em sua vulgaridade, se deliciava com pensamentos:

"Tragam me o Álcool! Eu quero vê-lo escravo de minha língua"

Mas todos ao redor olhavam afoitos, era uma Ordem, e daquelas difíceis, era desesperador.

Recolhiam-se os atalhos , rasgavam-se os Véus, e as crianças começavam á se juntar:

"NOSSO É O REINO DOS CÉUS" ...

E o coro era bonito, as vozes em unísono eram comovente.

Oh Bebês! Oh Bebês. Assim o é, e vocês tem razão. A Princesa estava satisfeita, e lhes disse;
"O Céu é de vocês, por este motivo, que clamam de vossa boca, lhes é incubido a tarefa de viver , trabalhar e morrer no Inferno, se o reino do céu é vosso"

E elas, abandonadas, rasgavam o pão duro, feito pedra. Não fosse quando eram verdadeiras pedras, pois não distinguiam! Os farelos eram misturados no chão, pois lhes eram ofertados. Os Pombos ciscavam, os pombos comiam, os pombos eram inteligentes.

E A Velha, despreocupada, sentada em seu banco, jogava os pedaços de pão. No entanto, a fome era continua, e a velha parecia um fantasma, ficava lá apenas fazendo isso.

E como meus leitores, amigos de Lúmrill, que adoram que eu escreva para eles, resolveu ser sincero!!!

A situação dava sede, pedia sangue. Duas crianças pelas costas da velha, torciam seu pescoço, golpeavam, e esfaqueavam, o sangue jorrava.

E os pombos ficavam frenéticos, o pão tinha ketchup desta vez! O sabor era agradável, e ficaram gordos.

Rodaram na fornalha, todos. E a Princesa olhava de longe, e se inspirava!!! O Sangue da Velha, continuava a escorrer, e a velha permanecia viva e jogando mais e mais pães, e seus orifícios eram geradores incessantes. A inveja do útero de tal senhora, comoveu até mesmo uma Mula, que aproximou-se e deu-lhe um Coice. ..as crianças se arrastavam...

Adultos passavam, e sorriam! Ignoravam. Xingavam a velha, xingavam a criança.

E dois homens, se amavam, e se odiavam. E olhavam para a velha, e decidiram! Se aproximaram e gritavam! CRECHE!

E a velha tossiu.

As crianças bateram suas asas, e olharam atentas:
Os 2 Homens, diziam: ASILO!!!

E as crianças tinha enfermeiras, e jogavam Xadrez.

A velha, na creche, era distraida com brinquedos feitos de batata com palito, a velha mexia nas batatas, e sorria. E sua maior alegria era ser espancada pela professora, que arrancava os olhos de suas órbitas, amarrava em seu colar de bijouteria, e os olhos, pesados, presos na ponta do colar, rodopiavam o céu, formavam desenhos belos, riscos de Neon na noite fascinante! Estalavam a batida nas costas, no rosto, na maçã do rosto, na pele sem colágeno desta velha...Ela era imortal! E morria....morria e renascia, sem ter morrido.

"É brincadeira!!" Dizia ela, pois adorava se fingir de morta.

A velha? Era uma velha! E velhos não são ninguém.

As Crianças? Donas do Mundo! Jamais poderiam ter Liberdade! Pois deveriam ser observadas, tudo que fizeram e fazem, será usada contra elas no tribunal.

Mesma tribuna da qual Isabelle se interessara, nada fugia dos Olhos da Princesa, pois ela não queria ver nada.

E levantou-se, como sua voz:

"Tragam o Hidromel, o perfume das mulheres vagueia pelo ar, elas se amarão e os homens chorarão. E elas, apenas as mulheres, irão se beijar. Os homens, não o podem em sua homossexualidade, pois preferem ver duas mulheres. Nem elas gostavam de ver dois homens juntos. E homem, é coisa de Princesa, não de Mulher."

Valerie, sorria, e dizia;
"Minha Princesa, desejas que eu me submeta á tua frente?"
- Não.
" E assim a Empregada, mexeu vigorosamente em suas partes, e suspirou, escapando o ar do sentimento... E suas pernas se moviam, e ela começava a ter seu corpo solto e cambaleante, que em movimentos espirais, a conduziram ao Espantalho, que dormia, parado, preso, com corvos, em teus ombros...

Valerie se aproximou, e observava o que se mantinha acordado no Espantalho, e seus quadris impulsionavam-se contra o Espantalho. Ela tinha dele o que queria, e mais intensamente era quanto mais o vazia, ela tinha um sorriso indescritível, pois sua boca não se fechava para isto, mas os cantos de sua boca desenhavam esse sorrir.

Isabelle, retirou um anél de seu dedo, e arremesou em Valerie, e este anel, caiu em seu decote, e ali ficou.

- Você que me serve, não desejas homem algum. Então se sujeite.
Se um dia amar algum homem, tu não serás mais mulher. Ele será, e você será homem.

Todos os demais presentes ouviram a Princesa, mesmo sem saberem de nada, pois a voz da princesa era baixa, e por isso, completamente audível, diferente de Jeffrey que gritava e ninguém ouvia.

E todos, unidos, distraídos, olhavam para a Princesa na colina.

- Súditos, infelizmente vossa missão é a felicidade, e não existe sofrimento maior do que este. A condenação da felicidade!

Todos olharam uns para os outros, e se viam diante da tarefa de construir o Palácio da Princesa.

Porque queriam um lugar pra morar.

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Book of the Deads [Chapter]